Já estávamos partindo para o 5° ano e as coisas estavam indo bem, muitos shows. Várias vertentes do rock dividiam a agenda do Hangar, punk rock, hardcore, hardcore melódico, ska, skacore, metal, garage. E foi nesse cenário que começa a despontar o Emo core.
Bandas como Fresno, NX Zero, Emo., Gloria, Dance of Days, começaram a aparecer de uma forma mais enfática. O público dessas bandas começou a aumentar muito rápido, o que chamou a atenção da mídia. Apesar de continuar com a agenda bem eclética, surgiu não sabemos de onde, a associação do Hangar110 com a geração emo. Sempre levamos de boa.
Alguns shows se destacaram como Rasta Knast, Lurkers, RDP, Butchers Orchestra, Boom Boom Kid, mas alguns foram marcantes na história não só do Hangar mas do rock em São Paulo. Brujeria, Ignite, gravação do dvd MTV apresenta Dead Fish, Punk Rock Invasion com GBH em um dia e The Queers em outro. E finalmente, o grande personagem até então do rock nacional, Rodolfo ex- Raimundos, com sua nova banda Rodox.
O grande feito desse ano foi um show do Cólera. Era uma quinta-feira e mesmo assim o Hangar encheu rapidamente. No cartaz dizia que era um show comemorativo de 25 anos, gravação de clipe e que seriam apresentadas as músicas do novo disco “Deixem a Terra em Paz”. O que ninguém sabia era que a primeira parte do show seria acústica. Pairava no ar a dúvida, se o público punk iria entender a proposta. O carisma e o respeito que o Cólera sempre teve deram o tom, a banda bem ensaiada e arranjos bem feitos, proporcionaram um dos mais marcantes shows do Hangar.
