2017

CARTAZES QUE CONTAM A HISTÓRIA

O ano começa com um desafio de manter a casa aberta até dezembro, apesar do apoio por parte do público, da mídia, dos músicos os shows continuavam com baixo público. Lógico que bandas como Dead Fish, Rancore, conseguiram logo em janeiro fazer dois dias esgotados. Porém o ano inteiro, os shows foram abaixo do esperado.

Mesmo assim alguns shows foram marcantes, Left For Dead, Ratos de Porão como sempre muito bom, No Fun At All pela quinta vez e CJ Ramone pela sexta vez, mantiveram uma boa média de público.

Um parêntese para a parte gráfica dos cartazes, que nos últimos anos vinha tendo uma qualidade excelente. A tecnologia evoluiu e arrastou consigo esse segmento das artes.

A alta definição agora não é mais exclusividade de grandes shows com mais recursos, o acesso à internet e a bons equipamentos acabaram democratizando o processo e como resultado as boas idéias ganharam forma. A definição, as cores, com certeza os cartazes ficaram muito mais bonitos.

Durante o ano todo não foi levado muito a sério o fechamento do Hangar e talvez a ficha só tenha caído mesmo quando dezembro chegou.

Foram 17 shows em 23 dias, em alguns dias foram dois no mesmo dia, são os casos do NX Zero e do CPM22.

O primeiro show do mês foi Pense, uma banda da nova safra do Hardcore Nacional, letras otimistas e atuais, junto com Menores Atos botaram o Hangar de cabeça pra baixo. Na sequência Chuck Ragan vocal do Hot Water Music, junto com ele o Racquet Club e o Garage Fuzz, um dia com uma montanha russa de emoções. Gorgoroth de Black metal da Noruega, Glória e Desalmado, Esteban Tavares, Matanza, Strike, Nitrominds e Garotos Podres, Flicts, Excluídos, Deserdados e Drákula, Dead Fish, Não Há mais volta e Blackjaw, Sugar kane, Zander e Corona Kings, NX Zero, Dead Fish, Abraskadabra, O Inimigo e Backdrop Falls, Hateen, CPM22.

Foi uma grande demonstração de amor e carinho, que não só as bandas mas o público fizeram questão de enfatizar. Se por um lado nos colocavam a dúvida se estávamos fazendo a coisa certa, por outro nos dava a certeza de ter feito um bom trabalho.

“ Tanto dos amigos que fizemos como dos rostos anônimos, foram demonstrações de amor que vamos guardar pra sempre com muito carinho.”

Além de toda essa carga emocional, um dos momentos mais tristes, e ai não digo do Hangar mas sim na vida. Era um domingo, dia do show do Chuck Ragan, diga-se de passagem um show bem esperado pelos fãs, porém acordamos com uma notícia devastadora, nossa amiga Cherry havia falecido. Ela já não estava bem na tour que fazia com a banda NervoChaos e chegando ao Brasil  foi operada e não resistiu, tudo muito rápido e inexplicável. Mais um bom coração que se foi. Sentimos muito sua falta!