Esse ano começou com uma banda daquelas que foi atrás dos seus sonhos, Cueio Limão.
A banda é de Dourados no Mato Grosso do Sul. Os caras sempre vinham assistir shows no Hangar e resolveram montar uma banda só pra poder tocar na casa. O hardcore despojado da banda logo despertou o interesse no público e os shows começaram a lotar.
“Sim, o nosso objetivo era esse, tocar no Hangar, aí podia parar a banda.” (Mano Torquato)
Outra banda que volta aos palcos depois de 9 anos em stand-by foi o Reffer, uma volta triunfante. O Inimigo e Take off the Halter completaram a noite no Hangar. O cartaz é um dos mais legais, desenho do Shiron. Nessa linha encontramos os cartazes feitos por artistas como ET do Muzzarelas e Túlio do DFC.
Das gringas Circle To Circle volta pela segunda vez, Katatonia, The Gathering, GBH, Satiricon, DOA. Não foram muitas atrações internacionais, mas os grandes shows de bandas nacionais continuavam impulsionando a cena. Vários estilos compunham esse cenário, Scracho e Zander do Rio, Sugar kane de Curitiba, Cueio Limão de Mato Grosso do Sul, Dead Fish de Vitória, DFC de Brasilia, Fresno e Esteban de Porto Alegre, Garage Fuzz de Santos, Fistt de Jundiai, Garotos Podres, Nitrominds e Sapo banjo do ABC Paulista e Cólera, RDP, Hateen, Dance Of Days, Questions, Excluídos, Flicts, Agrotóxico e mais muitas outras de São Paulo.
O Hangar sempre estimulou as bandas autorais mas algumas vezes ao ano rolam shows de covers, de bandas que não existem mais. São Projetos como We Are The Clash que busca passar aos mais jovens a energia ao vivo das música da banda inglesa The Clash. Uma outra banda que sempre figura na nossa agenda é o Teenage Lobotomy, a banda é de Cordeirópolis e faz o melhor cover de Ramones do planeta, sendo reconhecida pelo próprio Marky Ramone. Sempre são noites sensacionais. Nesse ano fizemos uma homenagem a Joey Ramone pelos 10 anos de sua morte e além de Teenage Lobotomy, tivemos os clássicos do Sex Pistols que contou nada mais nada menos, com a participação de Redson, do Cólera. A nota triste veio em setembro, com o seu falecimento. Vocalista e fundador de uma das mais representativas bandas de punk do Brasil, o Cólera foi a primeira banda de punk rock brasileira a excursionar pela Europa. Uma grande pessoa e um espetacular artista sempre com idéias inovadoras, seu talento é insubstituível.
“Se o Redson tivesse nascido na Inglaterra ou Estados Unidos ele teria sido um ícone do Punk Rock Mundial, comparo a genialidade dele a Joe Strummer e Jake Burns”.
